Guardo em mim esse perfume-flor
Aroma permanente, quase essência
De cânticos amordaçados num estertor,
De acorrentados retornos à inocência…
Roubadas em pedaços verdes de chão,
Como almas resgatadas aos jardins divinos,
Refugiavam-se, assustadas, na minha mão
E eu, criança, amava-as com amores cristalinos.
A árvore alta, densa, majestosa
Oferecia a sombra de seus braços,
Nas danças suaves das suas mil silhuetas
E eu pequena, simples, curiosa
Sob ela descansava dos meus passos
E fazia, como poemas, raminhos de violetas.
No hay comentarios:
Publicar un comentario