sábado, 20 de agosto de 2011

Talvez se se abrisse uma fresta de céu azul (María Isabel Mendes)

Maria Isabel Mendes


Talvez se se abrisse uma fresta de céu azul por entre as nuvens que se avolumam, cinzentas, nessa lassidão que em que te deixas envolver e que te tolhe o movimento no sentido de avançar…

E se avançasses, que fosse destemidamente, por esse emaranhado de vida latente, mas, ainda assim, partirias de uma realidade que distorces para te protegeres das diferenças com que não sabes lidar…

Ah, essas rotinas de indiferença e apatia não te hão-de levar a lado nenhum! Que sabem elas de ti, dos outros, da vida lá fora, do mundo, de nós?

Talvez, então, só então, dessa réstea de céu azul que havia de crescer em ti, nascesse o novo dia, o advento, a conquista, que havia de germinar nos teus filhos, resgatada de teus avós…

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